domingo, 7 de setembro de 2008

A volta de Rambo - e desse texto também




"Os filmes de ação atuais sempre me pareceram muito modorrentos. Com a exceção da trilogia Bourne - e em especial os dois últimos, dirigidos pelo extremamente competente Paul Greengrass - nenhum outro filme me chamou muito a atenção. Eis que de repente, nosso querido bombadão Michael Sylvester Gardênzio Stallone resolve voltar à ativa, 'ressucitando' velhos ícones do passado. Começou no ano passado com o quinto filme da série Rocky (cujo primeiro filme, escrito e estrelado por ele, lhe rendeu sua única indicação ao Oscar de Melhor Ator e outra para seu roteiro), que até que foi bem recebido pela crítica. Mas quando ele anunciou estar trabalhando na volta do ex-boina verde John Rambo, os marmanjões fissurados em violência descerebrada ficaram todos arrepiados: um ícone estava para voltar!

E hoje esses saudosistas, somados a nova geração que não conhecia a saga 'rambolística', estarão sentados nos cinemas brasileiros prontos para uma sessão de pancadaria, sangue e táticas extremas de guerra. Pois muito bem, como humilde mortal conhecedor dos filmes estrelados pelo personagem durante os anos 80 (não que eu seja velho, mas meu irmão maior é fanático por Rambo), fui conferir e trago agora as minhas impressões. Os fãs podem ficar tranqüilos, pois o filme vai agradá-los em cheio: sanguinolento, violento, que prende mesmo."


Os dois parágrafos aí de cima eu escrevi em fevereiro, muito antes de começar a pensar neste blog. Eu estava na minha época de hiato, de crise criativa, fiquei tempos sem terminar um texto. Como esse. E durante esse tempo, vim retocando esses parágrafos, sem terminar o texto. O fato é que eu tinha me empolgado com Rambo IV, quando o vi no cinema e tenho medo de minha própria empolgação. Passado tanto tempo, revi o filme e, surpresa!, continuei empolgado.

Eu sei que muita gente torce o nariz para a série do Rambo, e para o próprio Stallone, que de tanto dormir ao lado da própria fama, acabou se acostumando e mergulhando em projetos ridículos que em nada lembram o grandioso e inspirador Rocky, vencedor do Oscar de Melhor Filme. Mas não tem como negar que essa volta veio em boa hora. Depois de reviver seu melhor personagem em Rocky Balboa, Stallone resolveu partir pra guerra. Meteu o Rambo lá no meio do mato em Birmânia e deu a ele uma alegre coloração avermelhada. Do sangue de seus inimigos.

Assistir a essa hora e meia de filme não remete em nada aos filmes anteriores (tirando o pioneiro, todos fracos). Este aqui é praticamente um massacre, coisa pra gente de estômago forte. E nunca achei que Stallone voltasse a ter sucesso como diretor. Como roteirista ele é medíocre, na minha opinião, só acertando com Rocky I; mas na direção ele simplesmente me surpreendeu. A primeira meia hora é composta de explicações nem sempre inteligentes ou pertinentes, mas logo depois ele aceitar o seu destino (frase clichê de hoje), começa o banho. E é isso que diverte. Até pelo fato de ser tecnicamente estonteante, muito bem feito. Expõe a guerra com coragem, mostrando o infanticídio, o genocídio, a pedofilia em regiões pobres, como a citada Birmânia. É aterrorizante. E nada como ver John Rambo acabando com um exército inteiro sozinho, arrancando o pescoço de um indefeso soldado usando apenas as mãos, fazendo coisas que nem McGyver sonhou fazer.

Logicamente, há limitações. O Rambo está velho e com a cara caída (dizem que é por causa dos hormônios que ele tomou para se preparar para o filme, vai saber...), a história tem buracos maiores do que os das estradas do interior de São Paulo, mas fã que é fã nem liga pra essas coisas, que se tornam ralos quando o herói entra em ação. Eu, particularmente adorei. Vi algumas vezes e pretendo ver mais outras. E nem é só pela crueza e maestria com que Stallone conduz seu personagem e o filme como um todo, mas sim porque até mesmo essas nostalgias nos faz bem, é sempre bom rever personagens marcantes retornando. Mesmo que isso evidencie a falta de criatividade na qual Hollywood está mergulhada nos dias de hoje.

8 comentários:

Renato disse...

macho/

nunca assisti rambo também larme/
mas eu lembro de uma discussão com um professor de inglês, pra ver quem era mais foda: o rambo ou o exterminador do futuro.

claro que é o exterminador

Mathews disse...

nunca vi nenhum dos "Rambos", e tá ficando chato eu só comentar "nunca vi esse filme" aqui ._. culpe minha falta de cultura cinematográfica ._.

Gustavo H.R. disse...

Nunca vi um RAMBO, Luiz, e confesso que o recente retorno do personagem não criou interesse nenhum, porque achava que, além de algo desagradável, seria tosco também. Por isso, muito me surpreende que esse filme seja bem feito por Stallone, de acordo com sua opinião.
Mais cedo ou mais tarde, procurarei assistir ao cultuado FIRST BLOOD e talvez aí sim veja o novo também.

Pedro Henrique Gomes disse...

Eu achei esse filme muito ruim. Mas foi feito para quem gosta do personagem, o que não é o meu caso.

Abraço!!!

Mob Cranb disse...

nem parei pra ver esse filme. nem esse nem o Rocky (que dizem ser melhor).Acho que determinadas coisas deveriam ficar onde estão...não muito adepto desses revivais..haha
Obg por linkas. Faremos o mesmo,ok?
abs

Miriam disse...

Bom , eu sou do tempo em que estes filmes eram lançados no cinema e depois a gente ainda gravava em fita cassete. Gostei muito de rever o Stalonne pena que ele não está envelhecendo bem, mas acho interessante esta nova geração ver os heróis da década de 80.
Beijos.

Anônimo disse...

O melhor Rambo foi o bom primeiro. O dois e o três caíram na mesmice. O quarto tenta reviver isso com sangue, sangue e sangue. E consegue. Mas é tudo muito gratuito, oco e idiota. Não gostei.

Ciao!

Romulo Perrone disse...

Eu gostei desse Rambo. Mas com certeza o 1° nao foi superado.

=)

abraços