sábado, 2 de agosto de 2008

Os ratos estão entrando!




Eu realmente queria comentar o The Dark Knight, mas o medo de estar sendo levado pelo entusiasmo é maior que a minha vontade de colocar aqui tudo o que eu achei sobre esse magnífico filme (pelo menos isso posso adiantar e ter certeza de que não é fruto de minha mente delirante), portanto vou rever o filme amanhã e nos próximos dias eu coloco o texto sobre ele aqui. Acho até melhor, para poder pensar melhor em quais adjetivos vou usar. ;D

Enquanto esse dia não chega, fiquei aqui pescando na minha memória algum assunto pra tratar aqui no blog, nesse que é o primeiro post oficial da minha retomada (o anterior foi uma apresentação, não conta, né). Passei o dia tentando achar um assunto. Para meu desespero, não achei nada. Pelo menos nada de interessante, a não ser que você gostasse de ler anedotas de baixo calão que meus irmãos vivem trocando na sala, quando meu pai não tá por perto.

Até alguns minutos atrás eu não sabia ainda sobre o que escrever, quando me lembrei de que precisava dar um jeito nos ratos que estavam migrando do extenso pomar do vizinho para o pequeno quadriculado que é o quintal da minha casa. Não que minha casa tenha ratos, mas o quintal está tendo por causa das árvores frutíferas, legumes e verduras plantados bem atrás do meu quarto - e que infelizmente não são meus. E rato me lembrou de um determinado ratinho azul, o Rémy. E pronto!, me lembrei que não havia escrito nada sobre Ratatouille.

Okay, eu sei que o filme já saiu em DVD e tudo o mais, ganhou seu merecido Oscar de Animação nesse ano e infelizmente perdeu o prêmio de Roteiro Original. Eu torcia fervorosamente para Brad Bird levar, mas a Diablo Cody, a Charlie Kaufman do ano, levou a melhor. Tudo bem. Nada tira o brilho desse que é o segundo melhor filme da Pixar até agora. E aí você pergunta: por que segundo? Qual o primeiro? E eu respondo: Calma, vamos por partes.

Ratouille é um filme genial desde a abertura até os créditos finais. Até o dia em que finalmente consegui ver esse filme, numa das últimas sessões antes de sair de cartaz, Procurando Nemo ocupava o lugar de "melhor filme de animação da Pixar", mas já saí da sala com a certeza de que Merlin, Dory e companhia tinham cedido, generosamente, seu lugar no topo da minha lista para o inigualável ratinho e sua história fantástica. Creio não precisar explicar do que se trata o filme, pois é de conhecimento geral que Ratatouille conta a história de Emile, um rato que quer se tornar chef de cozinha em plena Paris e para isso conta com a ajuda de um desacreditado ajudante de um restaurante famoso mas que está em descrédito por conta de seu atual chef, capitalista que quer tornar o negócio num fast-food à exemplo americano. Basta saber disso.

Na minha cabeça, só vem aqueles adjetivos grandiosos, no estilo "magnífico!", "fantástico!" e outras coisas com ponto de exclamação na frente. Mas é preciso tirar os pés das nuvens, ser realista. E, sendo realista então, afirmo que Ratatouille é uma animação sem erros, sem os furos que seus iguais vem apresentando. Nesse mundo nosso onde nada se cria e tudo se copia (vide Shrek), é um sopro de esperança ver que ainda há roteiristas empenhados em entregar uma história vívida, de uma criatividade exorbitante e que visivelmente foi feito com empenho e dedicação pelo mesmo Brad Bird realizador de Os Incríveis - que pra mim é bem inferior. Mas um dos papéis principais desse longa vem do enigmático e fechado crítico culinário Antom Ego, e que a determinada altura do filme faz um discurso sobre o ofício de ser crítico, seja do que for. Apaixonante. Mas não mais apaixonante do que Rémy, tão simpático aos nossos olhos quanto o Gato de Botas vindo da franquia Shrek. Em suma, num pensamento bem simplista, é uma aula de como não desistir de seus sonhos, e de como uma coisa feita com dedicação pode despertar os melhores sentimentos nas pessoas, assim como na culinária, assim como no filme.

Pode ser atrasado, sim, pois praticamente todo mundo comentou sobre Ratatouille. Mas quero deixar registrado aqui que em meu top 5, esse já tem lugar garantido na vice liderança. E agora sim, posso explicar o porque da segunda colocação: é que dias atrás, vi Wall-E. E mais uma vez a Pixar se supera. O que é inegavelmente bom pra empresa, e muito melhor pra gente, espectadores atentos dessa verdadeira fábrica de genialidades.

3 comentários:

Anônimo disse...

Ótimo post! Ratatouille é uma animação excelente e exemplar. Adoro toda a técnica e o roteiro genial. Diversão sem limites. É apaixonante.

E vou te linkar ;)

Ciao!

Gustavo H.R. disse...

Acho que preciso parar de ler o texto e assistir logo ao meu DVD de RATATOUILLE, que está encostado há alguns meses!

Anônimo disse...

sofri concordo com tudo *-*
esperando o do wall-e *______*